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Palmeiras elimina River Plate nas quartas da Libertadores 2025
13out
eliezer ojeda

Quando Marcelo Gallardo, técnico do Club Atlético River Plate recebeu o Abel Ferreira no Estádio Monumental, Buenos Aires, a primeira partida das quartas‑de‑final da Copa Libertadores 2025Monumental prometia ser um duelo de gigantes. O argentino, 49, tinha apostado em ajustes táticos depois da vitória por 2‑1 sobre o Estudiantes, mas enfrentava um Palmeiras bem armado, liderado pelo português de 46 anos. O que aconteceu naquele domingo à noite mudou o rumo da campanha do River e reacendeu o debate sobre o futuro de Gallardo.

Contexto da Libertadores 2025 e o caminho até as quartas

O torneio começou com 32 clubes divididos em oito grupos. O River terminou primeiro do Grupo C, vencendo o Rosario Central por 4‑0 na partida decisiva que garantiu a classificação para a fase de mata‑mata. Enquanto isso, o Palmeiras, comandado por Abel Ferreira, liderou o Grupo A com duas vitórias e um empate, mostrando a força defensiva típica das equipes brasileiras.

Investimentos recordes marcaram a temporada do River. Segundo apuração de Fichajes.net, o clube gastou cerca de US$ 100 milhões em contratações recentes, incluindo Maximiliano Salas, Kevin Castaño e Juan Fernando Quintero. Quatro vencedores de Copa do Mundo – Marcos Acuña, Germán Pezzella, Gonzalo Montiel e Franco Armani – completavam o plantel.

Primeira partida: Palmeiras abre vantagem 2‑1

O jogo começou com intensidade. Aos 12 minutos, Gustavo Gómez, defensor paraguaio do Palmeiras, cabeceou de escanteio e deu a primeira vantagem. O gol veio de forma inesperada, mas foi o tipo de situação que Gallardo tem usado para testar a mobilidade da linha de três defensores que empregou contra o Estudiantes.

Do lado argentino, a suspensão de Giuliano Galoppo forçou a entrada de Kevin Castaño. O jovem colombiano teve boa atuação, mas não conseguiu evitar que Vitor Roque, de 20 anos, ampliasse para 2‑0 pouco antes do intervalo.

No segundo tempo, Lucas Martínez Quarta empurrou o River para o placar de 2‑1 ao aproveitar um cruzamento de Enzo Pérez. O gol veio nos acréscimos e trouxe esperança, mas Miguel Borja quase igualou nos minutos finais, chutando por cima do travessão.

Com o 2‑1, o Palmeiras saiu na frente da série, mas o River ainda tinha a volta em casa para reagir.

Reação de Gallardo e a preparação para o segundo leg

Na entrevista pós‑jogo, Gallado admitiu que “os dois gols rápidos nos 30 primeiros minutos nos deixaram sem reação”. Ele destacou, porém, que o time havia conseguido “marcar logo no início da partida de volta”. O técnico argelês reforçou a confiança na capacidade ofensiva do ataque, especialmente de Maximiliano Salas, que vinha mostrando ritmo na Libertadores.

O calendário também foi exigente. Dois dias antes, o River enfrentou o Atlético Tucumán no Torneio Clausura, o que provocou desgaste físico. Gallardo, porém, optou por manter a base da equipe, acreditando que a continuidade traria coesão tática.

Segundo jogo: Empate em 1‑1 e eliminação

Segundo jogo: Empate em 1‑1 e eliminação

Na quarta‑feira, 25 de setembro, Allianz Parque, São Paulo, recebeu a partida de volta. O River abriu o placar aos 8 minutos: Maximiliano Salas recebeu a bola dentro da área e finalizou com precisão, silenciando momentaneamente a torcida brasileira.

Entretanto, o Palmeiras reagiu rapidamente. Vitor Roque marcou o empate aos 34 minutos, e ainda no segundo tempo o argentino "Flaco" López, de 29 anos, fez dois gols que selaram a vitória por 2‑1 no duelo de volta. Com o agregado de 3‑2, o Palmeiras avançou para as semifinais.

Gallardo, visivelmente abalado, declarou: "A série foi decidida nos primeiros minutos de cada partida. Conseguimos reagir, mas não bastou." As críticas se intensificaram nos dias seguintes.

As consequências para o River Plate e o futuro de Gallardo

O fim da campanha na Libertadores reacendeu o debate sobre a permanência do técnico. A imprensa argentina apontou que Gallardo acumula seis derrotas em sete jogos, um quadro que, segundo o Buenos Aires Times, pode tornar seu banco “cada vez mais desconfortável”.

Apesar disso, a equipe ainda ocupa a terceira posição na tabela da Liga Profesional, garantindo vaga automática para a Libertadores de 2026. O clube tem, porém, que equilibrar a dívida de US$ 100 milhões com resultados concretos em campo.

Especialistas como o professor de futebol Jorge Varini, da Universidad de La Plata, sugerem que “o River precisa redefinir seu modelo de investimento, focando mais na formação e menos em contratações caras”. A sugestão vem em meio a um cenário sul‑americano onde clubes brasileiros continuam a dominar financeiramente.

Para Gallardo, o cenário pode se resumir a duas opções: adaptar rapidamente o esquema tático e provar que ainda tem capacidade de vencer títulos importantes, ou aceitar que a porta da diretoria está se estreitando. Os próximos jogos da liga local serão decisivos.

Resumo dos principais fatos

Resumo dos principais fatos

  • Data da primeira partida: 15 de setembro 2025, 20h28 (UTC).
  • Local da partida de ida: Estádio Monumental, Buenos Aires.
  • Resultado da ida: Palmeiras 2 × 1 River Plate.
  • Data da partida de volta: 25 de setembro 2025.
  • Local da volta: Allianz Parque, São Paulo.
  • Resultado da volta: River Plate 1 × 2 Palmeiras (agregado 3 × 2).

Perguntas Frequentes

Como a eliminação afeta a classificação do River Plate para a Libertadores de 2026?

Mesmo fora da edição 2025, o River terminou a Liga Profesional entre os três primeiros, o que garante uma vaga automática na Libertadores de 2026, independentemente da eliminação nas quartas.

Quais foram os principais fatores táticos que prejudicaram o River na partida de ida?

A ausência de Giuliano Galoppo forçou a entrada de Kevin Castaño, que, apesar de boa performance, não conseguiu dar a qualidade de passe necessária. Além disso, a defesa de três jogadores mostrou vulnerabilidade em bolas paradas, permitindo o gol de cabeça de Gustavo Gómez.

Qual a reação dos torcedores do River após a eliminação?

Nas redes sociais, muitos manifestaram frustração, cobrando resultados e questionando os altos investimentos feitos nos últimos dois anos. Simultaneamente, um segmento ainda defende Gallardo, lembrando das conquistas anteriores como a Libertadores de 2018.

O que especialistas dizem sobre a política de contratações do River?

Analistas como Jorge Varini afirmam que o clube exagerou nos gastos, ao ponto de comprometer a sustentabilidade financeira. Eles recomendam um retorno ao desenvolvimento de base, acompanhando o modelo de clubes como o Boca Juniors.

Qual a perspectiva para o próximo confronto entre River e Palmeiras?

Os dois times podem se reencontrar na próxima edição da Libertadores, caso o River mantenha a vaga. O Palmeiras, por sua vez, já consolidou um núcleo de jogadores jovens como Vitor Roque, o que indica que futuros duelos ainda serão muito competitivos.

5 Comentários

Luciano Silveira
Luciano Silveiraoutubro 13, 2025 AT 23:28

Que partida incrível, Palmeiras mostrou raça! :)

Carolinne Reis
Carolinne Reisoutubro 23, 2025 AT 23:28

Ah, o River tentando ser grande outra vez...; 2‑1, quem diria? O Gallardo parece que esqueceu que está jogando contra o Palmeiras, não contra o próprio ego inflado!; Muito chato ver um gigante argentino tropeçar nas suas próprias ambições; Cada lance uma piada de mau gosto!!

Workshop Factor
Workshop Factornovembro 2, 2025 AT 23:28

Quando analisamos a performance tática da equipe de Gallardo, percebemos que a falha fundamental residiu na incapacidade de ajustar o bloqueio defensivo frente à movimentação vertical do ataque alviverde. O uso de três zagueiros, embora teórico, ficou vulnerável nas bolas paradas, permitindo que Gustavo Gómez encontrasse a cabeça com perfeição. Além disso, a ausência de Giuliano Galoppo tirou da equipe um criador de jogadas que poderia ter distribuído o ritmo necessário no meio‑campo. Kevin Castaño, apesar de ter apresentado ímpeto, não possuía a visão de passe para neutralizar Vitor Roque, que explorou os espaços deixados entre as linhas. A pressão alta aplicada pelo Palmeiras nos primeiros 30 minutos forçou erros de passe que culminaram nos dois gols iniciais, algo que Gallardo não previu adequadamente. A escolha de manter a mesma formação de segunda partida, quando o intervalo físico era notório, demonstra uma rigidez tática que não condiz com a necessidade de rotatividade de elenco. A análise dos dados de posse mostra que o River ficou com apenas 39% de controle da bola, indicando que o time foi incapaz de impor seu estilo de jogo. A falta de aproveitamento em contra‑ataques, além da ausência de um atacante de referência capaz de segurar a bola, limitou as opções ofensivas. No segundo leg, a estratégia de abrir cedo o placar com Salas foi correta, porém o esquecimento de reforçar a marcação individual em Vitor Roque foi fatal. A intervenção de "Flaco" López em dois gols decisivos evidencia a falha na leitura de movimento do adversário. A pressão psicológica sobre Gallardo, exposta nas entrevistas, também refletiu no desempenho dos jogadores, que pareciam hesitar nas decisões. Ademais, o calendário apertado, com jogos em torneios diferentes, gerou fadiga que não foi mitigada adequadamente, como mostram as estatísticas de distância percorrida. Por fim, a crise financeira do River, ao investir mais de US$ 100 milhões em contratações, pode ter criado um ambiente de instabilidade institucional que afeta a moral do grupo. Em resumo, a eliminação foi resultado de uma combinação de falhas táticas, preparação física insuficiente e pressão externa que Gallardo não soube gerenciar adequadamente.

Camila Medeiros
Camila Medeirosnovembro 12, 2025 AT 23:28

Concordo que a tática adotada não ajudou, mas acho que a pressão da imprensa acabou atrapalhando ainda mais a equipe.

Gustavo Tavares
Gustavo Tavaresnovembro 22, 2025 AT 23:28

Rapaz, a coisa virou um verdadeiro teatro! O River jogou como se estivesse fazendo um show de mágica, mas só tirou coelhos do chapéu e nenhum gol. Enquanto isso, o Palmeiras correu como se estivesse numa maratona, e ainda saiu com a taça na mão. Dá pra acreditar que um clube que gastou cem milhões não consegue nem fechar a defesa nos primeiros minutos? É de deixar a gente de cabelo em pé, cara!

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