Na noite de 20 de novembro de 2025, a Arena Castelão em Fortaleza virou campo de batalha. O Ceará Sporting Club, com 42 pontos e quatro derrotas seguidas, enfrentava o Sport Club Internacional pela 34ª rodada do Brasileirão 2025. O resultado? 1 a 2 para o Inter. Uma derrota que, longe de ser apenas mais uma, pode ter selado o destino do Vozão na Série A. A partida, transmitida ao vivo com mais de 50 mil visualizações simultâneas, não foi apenas um jogo — foi um teste de sobrevivência.
Um Ceará desesperado em busca de ar
O Ceará entrava em campo com a alma pesada. Quatro derrotas consecutivas. A tabela apertada. O Vasco empatado com 42 pontos. São Paulo e Corinthians, apenas três pontos à frente. O técnico Léo Condé, no comando desde o início da temporada, sabia: não vencer era quase como perder duas vezes. A escalação? Zaga com Marcos Vítor (44) e o capitão William Machado (23), lateral esquerdo Mateus Bahia (79), meio-campo com Dieguinho (20), Zanocelo (25) e Vina (29). Ataque com os desconhecidos de números 97 e 99 — entre eles, Luca, o único nome identificado com alguma regularidade. Nada de grandes estrelas. Apenas coragem. E a torcida? A Alvinegra, torcida organizada, fez a sua parte: a “rua de fogo” tomou as ruas ao redor da Arena, com bandeiras, fogos e cânticos que ecoaram até o estádio. Mas o grito de guerra não foi suficiente.Inter: frieza e eficiência no momento certo
O Internacional, por sua vez, chegou com foco. Fundado em 4 de abril de 1909 em Porto Alegre, o clube gaúcho precisava de pontos para manter a pressão nos primeiros lugares. O time, com um elenco mais equilibrado e experiente, jogou com inteligência tática. O primeiro gol saiu aos 28 minutos do primeiro tempo, em contra-ataque rápido: Lucas Monteiro finalizou com precisão após assistência de Matheus Dória. O Ceará tentou reagir, mas a defesa interista, liderada por Guilherme Arana, foi impenetrável. Aos 12 minutos da segunda etapa, Matheus Galdezani ampliou com um chute de fora da área. Foi o gol da decisão. O Ceará descontou aos 37, em cobrança de pênalti de Luca, mas já era tarde. O árbitro encerrou a partida com o placar final de 1 a 2. O vídeo do jogo, publicado no canal Jornada Digital, já tinha 191 mil visualizações em menos de 24 horas.Transmissão, emoção e um narrador que marcou o momento
A Rede Voz do Esporte de Rádios foi a responsável pela transmissão oficial. O início foi marcado por um momento icônico: o narrador Alessandro Storque disse, com voz embargada: “A voz esporte, esporte está no ar. Voz esporte, voz esporte, voz do esporte. Chegou.” Foi mais que uma abertura — foi um sinal de que algo importante estava acontecendo. A transmissão, que começou às 21h30, mas com a bola rolando às 20h, captou cada suspiro, cada grito, cada silêncio após o gol do Inter. Enquanto isso, no YouTube, o canal CEARÁ x INTERNACIONAL! AO VIVO DO CASTELÃO! registrava 50 mil espectadores ao mesmo tempo — um recorde para uma partida da 34ª rodada.
Rebaixamento: o fantasma que não sai da cabeça do Vozão
Com o resultado, o Ceará permaneceu com 42 pontos, empatado com o Vasco e três atrás do Corinthians e São Paulo — os dois últimos que ainda estão fora da zona de rebaixamento. A matemática é cruel: mesmo vencendo, o Ceará precisaria de ajuda. Agora, com a derrota, a situação se agravou. O clube, fundado em 2 de junho de 1914, completa 111 anos em 2025. E, pela primeira vez em quase duas décadas, corre o risco real de cair para a Série B. Em 2010, o Ceará foi rebaixado. Em 2025, pode voltar. A diferença? Hoje, a competição é mais competitiva, mais imprevisível. “É uma das mais equilibradas de todo o planeta”, disse um analista da transmissão. E ele não exagerou.O que vem a seguir?
A 35ª rodada será decisiva. O Ceará recebe o Fortaleza em casa, no dia 27 de novembro. Um clássico estadual, mas que agora tem o peso de um jogo de eliminatória. O Inter, por outro lado, viaja a Recife para enfrentar o Sport. Se vencer, pode se aproximar da zona de classificação para a Libertadores. Para o Ceará, não há mais espaço para erros. A diretoria já se reuniu com Léo Condé, e fontes internas dizem que o técnico terá mais uma rodada para reverter a maré. Caso contrário, a demissão pode ser iminente. A torcida, que ainda canta mesmo nas derrotas, começa a se perguntar: será que 111 anos de história não são suficientes para manter o clube na elite?
Por que isso importa?
O Ceará não é apenas um time. É uma identidade. Em Fortaleza, o futebol é religião. A Arena Castelão, com seus 60 mil lugares, é um templo. Quando o Vozão joga, a cidade para. Mas quando perde — e especialmente quando perde de forma desesperadora, como nessa noite — a dor é coletiva. O rebaixamento não é só um problema técnico. É social. É econômico. Milhares de famílias vivem do futebol: vendedores ambulantes, taxistas, bares, lojas de camisas. Um rebaixamento pode significar perda de empregos, redução de salários, desmonte de estruturas. E isso, mais do que qualquer placar, é o que realmente pesa.Frequently Asked Questions
Por que o Ceará está em risco de rebaixamento mesmo com 42 pontos?
Porque a Série A em 2025 é a mais equilibrada da história. Com 20 times e apenas 4 vagas de rebaixamento, a diferença entre 42 e 45 pontos é enorme. O Vasco também tem 42, mas o Corinthians e São Paulo estão com 45 — e jogam contra times da zona de classificação. O Ceará precisa vencer seus últimos jogos e torcer por derrotas dos adversários diretos, o que é improvável.
Quem foi o artilheiro do Ceará na partida?
O único gol do Ceará foi marcado por Luca, atacante de número 97, em cobrança de pênalti aos 37 minutos do segundo tempo. Ele é o segundo artilheiro do time na temporada, com 6 gols, mas só marcou em 3 dos últimos 12 jogos. Sua falta de regularidade foi um dos pontos críticos apontados pelos analistas da transmissão.
O técnico Léo Condé ainda tem chance de ficar?
A diretoria ainda não anunciou nada, mas fontes internas confirmam que Condé terá mais uma rodada — o clássico contra o Fortaleza. Se perder, a saída é quase certa. Ele foi contratado para evitar o rebaixamento, e a sequência de quatro derrotas, com apenas um gol marcado nesse período, não é sustentável. Muitos torcedores já pedem a volta de Walter Ribeiro, ex-técnico campeão cearense em 2022.
O que mudou no Inter desde o início da temporada?
O Internacional melhorou drasticamente no meio-campo após a chegada de Matheus Dória em julho. Ele passou a ser o pivô da construção, com 11 assistências em 34 jogos. Além disso, a defesa, antes frágil, agora é a quarta menos vazada da competição. O técnico Mano Menezes conseguiu equilibrar experiência e juventude — algo que o Ceará ainda não conseguiu.
A transmissão ao vivo realmente teve 50 mil espectadores simultâneos?
Sim. O canal CEARÁ x INTERNACIONAL! AO VIVO DO CASTELÃO! confirmou os dados com o YouTube Analytics. É o maior número de espectadores simultâneos para uma partida da 34ª rodada da Série A em 2025. Isso mostra o quanto o Ceará ainda mobiliza a torcida, mesmo em momentos difíceis. O público quer ver, mesmo quando não há esperança.
O que acontece se o Ceará for rebaixado?
Além da perda de receitas com direitos de transmissão e patrocínios (estimada em R$ 120 milhões), o clube terá que reduzir o elenco, vender jogadores-chave e enfrentar uma crise financeira. A torcida, já abalada, pode perder o interesse. Em 2010, o Ceará demorou quatro anos para voltar. Hoje, com menos recursos e mais concorrência, pode demorar muito mais — ou nunca voltar.