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Renovado interesse em Beatriz Segall após anúncio do remake de 'Vale Tudo'
6abr
Ezequiel Almeida

Beatriz Segall ganhou destaque no mundo do entretenimento por seu papel inesquecível como Odete Roitman na novela Vale Tudo, lançada em 1988. Após o anúncio de um remake dessa clássica trama, o interesse pelo nome da atriz disparou nas buscas do Google, algo que não se via em tal intensidade desde o seu falecimento em 2018 por complicações respiratórias.

Odete Roitman, uma vilã de múltiplas camadas, é lembrada não só por sua maldade intrigante, mas também por gerar debates acalorados sobre moralidade e justiça. Segall, que sempre defendia suas convicções, criticava a trama por matar sua personagem em um ato de justiça pelas próprias mãos, uma crítica à violação dos princípios legais do Brasil. Esta opinião quanto à narrativa demonstra bem a seriedade com que a atriz encarava sua arte e suas responsabilidades.

Insatisfações e legado

Durante toda a sua carreira brilhante, Segall nunca recebeu um contrato fixo com a TV Globo, aspecto este que a deixava ressentida, apesar de seu extenso currículo de 18 produções com a rede, incluindo sucessos como Dancin’ Days e Água Viva. Ela frequentemente criticava abertamente a indústria pela falta de valorização dos atores da velha guarda e a qualidade inferior dos remakes modernos em comparação aos clássicos que fizeram história na televisão brasileira.

A nova versão de Vale Tudo, que tem estreia prevista para 31 de março, traz alterações significativas no roteiro original. Débora Bloch assumirá o papel de Odete Roitman, e um novo mistério será inserido com a mudança do assassino, antes vivido por Cássia Kis como Leila, que na trama original cometia o crime de forma acidental. O escritor Manuela Dias promete uma abordagem diferente, mantendo o suspense que prendeu a atenção do público no passado.

O que se vê agora é uma renovação do interesse e curiosidade pela história e impacto deixado por Beatriz Segall na teledramaturgia nacional. Sua trajetória e a complexidade de seus personagens servem de lembrança do poder transformador e reflexivo das novelas, um dos grandes patrimônios da cultura televisiva do Brasil.

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