O Corinthians enfrenta uma sequência complicada de desfalques, seja por lesões ou suspensões. Dorival Júnior, técnico da equipe, se viu obrigado a buscar soluções rápidas para montar o time titular diante do Bahia, partida considerada crucial para as pretensões do clube neste início de campeonato. Sem poder contar com peças experientes e fundamentais, Dorival olhou para a base e surpreendeu ao apostar em jogadores mais jovens para assumir posições estratégicas dentro de campo.
Nas últimas semanas, o departamento médico do Corinthians virou um dos setores mais movimentados do CT. Lesões musculares, fadiga causada pelo calendário apertado e cartões amarelos vêm obrigando Dorival a mexer no time quase todo jogo. Diante do Bahia, a situação ficou ainda mais crítica. Sem alternativas consagradas, a resposta foi colocar meninos da base para jogar – uma estratégia que costuma dividir opiniões entre torcedores e críticos, mas que está alinhada com o pensamento do treinador desde sua chegada ao clube.
Escolher jovens para encarar um rival direto nunca é um movimento confortável. No entanto, Dorival acredita que está na hora dessa nova geração mostrar serviço. Jogadores como Arthur Sousa e Wesley ganharam espaço nos treinos titulares e vêm chamando atenção pela intensidade e pela disposição. Embora ainda sem grandes nomes, essa turma da base traz algo que falta há tempos ao Corinthians: fôlego para correr noventa minutos e capacidade de improvisação diante dos desafios.
O treinador já deixou claro em suas entrevistas: não teme lançar novos talentos, mesmo em situações de pressão. Ele entende que a confiança dada agora pode render frutos a médio prazo, tanto tecnicamente quanto financeiramente para o clube. A escolha por jovens também foi impulsionada pela necessidade. Quando o time não tem opções no elenco principal, inevitavelmente olhar para a base vira a única alternativa viável.
No ambiente do elenco, a resposta foi positiva. Os veteranos reconheceram o esforço dos mais novos e passaram a orientar mais de perto nos treinos. O próprio Dorival acompanha cada movimento de perto, cobrando, mas também apoiando esses atletas que estão começando a carreira profissional.
Para a torcida, a curiosidade e a ansiedade sobre a performance do novo Corinthians só aumentam. Os próximos jogos serão uma verdadeira vitrine para essa garotada, e uma oportunidade para Dorival imprimir sua marca no comando do time. Se os jovens confirmarem o que mostram nos treinos, o Corinthians pode finalmente ter encontrado um antídoto para a falta de opções e o cansaço do elenco: a ousadia, a leveza e a imprevisibilidade dos meninos.
O papel de Dorival Júnior ficou ainda mais desafiador e, ao apostar na juventude, ele também assume o risco de resultados inconstantes, mas que podem surpreender e embalar a torcida nas próximas rodadas.
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